História resumida da heráldica
A heráldica surgiu na Europa medieval, por volta dos séculos XI-XII, como um sistema de identificação visual usado inicialmente por cavaleiros em combate. Com elmos fechados dificultando o reconhecimento, tornou-se essencial ter símbolos distintivos nos escudos e estandartes. Origens e desenvolvimento inicial O sistema começou de forma prática nos campos de batalha e torneios, mas rapidamente evoluiu para um código heráldico sofisticado. As primeiras armas heráldicas eram simples - listras, divisões geométricas e cores contrastantes que pudessem ser facilmente reconhecidas à distância. Sistematização medieval Durante os séculos XIII-XIV, a heráldica se tornou uma ciência formal com regras rígidas. Surgiram os reis-de-armas e arautos, oficiais responsáveis por registrar e regular o uso dos brasões. As regras de tingimento (cores) foram estabelecidas, proibindo metal sobre metal ou cor sobre cor para garantir contraste visual. Expansão social Inicialmente restrita à nobreza militar, a heráldica expandiu-se para a nobreza em geral, clero, cidades, corporações de ofício e eventualmente burgueses ricos. Cada grupo desenvolveu tradições específicas - brasões eclesiásticos incluíam símbolos religiosos, cidades usavam elementos locais característicos. Evolução moderna Com o declínio do feudalismo, a heráldica manteve-se como símbolo de prestígio e tradição familiar. Nos séculos XVIII-XIX, houve um renascimento do interesse heráldico, com a criação de novas tradições nacionais e a regulamentação oficial em muitos países. Hoje a heráldica permanece viva em instituições oficiais, organizações e famílias que preservam suas tradições ancestrais, mantendo um sistema simbólico que atravessou quase mil anos de história.
As Leis Heráldicas são :
Primeira Lei - Não se coloca metal sobre metal, cor sobre cor, ou forro sobre forro, por exemplo, uma cruz de ouro sobre um campo de prata.
Segunda Lei - As peças honrosas devem ser colocadas nos lugares que lhes competem.
Terceira Lei - As figuras naturais ou quiméricas, quando sozinhas, devem ocupar o centro do campo sem tocar em seus bordos.
Quarta Lei - Muitas peças móveis, ou figuras, pousadas sobre o mesmo campo tem sempre o mesmo esmalte, desde que sejam elas repetidas sem alterações.
Quinta Lei - Não há tonalidades diferentes de uma mesma cor.
Sexta Lei - Um brasão deve ser regular, simples e completo
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As cores na heráldica e seus significados:
Or (ouro, amarelo): generosidade, nobreza, riqueza, poder.
Argent (prata, branco): paz, pureza, integridade, firmeza e obediência.
Gules ( vermelho): guerreiro,vitória, fortaleza e ousadia.
Blau-azure (azul): zelo, lealdade, caridade, justiça, beleza e boa reputação.
Sinople, vert ( verde): esperança, fé, amizades, bons serviços prestados, amor, juventude e liberdade.
Purpure( púrpura ): justiça, grandeza e sabedoria elevada.
Sable (negro): luto, constância, prudência, astúcia, tristeza, rigor e honestidade.

